Há alguns anos atrás, utilizávamos uma câmera para fotografar uma paisagem e isso requeria muita atenção, afinal, além de precisar esperar algumas horas para termos o resultado em mãos, qualquer "tremidinha" estragaria a imagem, e não havia como voltar atrás. Para falar com alguém que está longe, utilizávamos o telefone. Se quiséssemos assistir à um filme, alugaríamos um VHS. E pra ouvir uma música, podíamos comprar um CD ou passar horas próximos ao rádio torcendo para tocarem nossa música preferida. Para tudo, era preciso um meio. Um meio diferente para cada tarefa. E é aí que nosso colega Ted Nelson (filósofo e sociólogo estadunidense) entra em nossa história, nos trazendo o conceito de Hipermídia.
Ted criou esse conceito em 1960, mas não faz muito tempo que isso tem reagido junto à grandes transformações em nossas vidas. Hoje, de forma simultânea, podemos lidar com textos, imagens, vídeos e sons em um único meio. O Smartphone é uma perfeita tradução do quê é a Hipermídia, pois através dele podemos fotografar, filmar, ouvir uma rádio, assistir TV, reproduzir conteúdos MP3, acessar a internet, jogar... E mais uma infinidade de coisas!
Não podemos esquecer que um dos principais aspectos da Hipermídia é seu alto nível de interatividade, pois muito do quê o Smartphone pode nos oferecer, continuando a usá-lo como exemplo, pode ser alterado a qualquer momento pelo usuário, nada é linear.
Já o conceito de Transmídia é quando temos a multiplicação de uma narrativa, ou para melhor explicar, de um produto. Como exemplo, usaremos o best seller Crepúsculo, que começou com um simples livro. O livro conquistou muitos fãs se transformou em filme, atingindo pessoas em todo o mundo. Por fim, temos 4 livros, 5 filmes, associações da trilogia à grandes marcas, brinquedos, quadrinhos, roupas, acessórios, e uma grande quantidade de fãs alucinadas que se apaixonaram por um vampiro, e assim, passam também a admirar esse personagem, generalizadamente falando.
Séries de TV também são ótimos exemplos de Transmídias, pois a partir desses produtos, são lançados CDs com a trilha sonora e games, que além de estarem no auge, possibilitam ao usuário a vivência "dentro" do seu programa ou filme favorito.
Apesar do resultado que temos a partir do produto inicial, não podemos dizer que a variedade de conteúdos final atinge ou possui a intenção de atingir o mesmo público. Uma fantasia de super herói, para uma criança, pode ter sua versão adulta (erótica). De fato, as indústrias querem lucrar! E isso ocorre com as vendas, comercialização, multiplicação... Transmidialização.
